As inovações tecnológicas trazem coisas positivas, mas ao mesmo tempo, coisas perigosas podem acontecer, tornando muitos em escravos, vigiados pelas novas ferramentas de trabalho. Dando lucro para alguns, morte e prejuízos para outros. Infelizmente os dominantes controlam as inovações tecnológicas a as usam para continuarem no poder, dando-nos uma enganosa sensação de estarmos livres de qualquer manipulação.
No passado as inovações surgiam separadamente com um longo espaço entre elas, e não causavam grandes impactos econômicos e sociais, elas eram bem administradas, diferentemente das inovações da atualidade, que surgem e causam grandes impactos em quase todas as áreas que se possa imaginar.
Essas inovações de hoje trazem e colaboram com a integração de diversos modelos de mídias, convergindo tudo em uma só comunicação de massa. Com isso, também faz emergir, como fala o autor, “Conglomerados de Megamídia” sem controle e fiscalização por parte dos governos ou órgãos representativos privados.
Em meio às inovações e o novo mundo tecnológico, são oferecidos pacotes multimídias a todos os lares e todos podem ter a oportunidade de conhecer esse novo mundo eletrônico e digital. Tudo em apenas poucos cliques e pronto, tudo está ali, disponível e pronto para ser consumido. Vivemos na era do consumismo selvagem, em todos os sentidos. Somos estudados e consumidos pela ganância daqueles que controlam essas inovações. Parece que essa nova mídia é individual ou pessoal, apenas perece.
Tudo isso faz parte de uma “nova” comunicação de massa, aquela velha e conhecida de todos os que estudam as teorias da comunicação. Criaram uma rede tecnológica que nos pescou ou nos recolheu a um novo universo, do relacionamento. Com isso surgiu o crescimento das novas tecnologias de relacionamentos, que tem sido importante para a coesão da sociedade, mas também está se segmentando, formando nichos e se desfragmentando ao mesmo tempo. O que era para unir, hoje está afastando ainda mais as pessoas, está dificultando ainda mais os relacionamentos, é o que elas esperavam utilizando essas novas tecnologias. Todos tem acesso a elas, porém, devido aos diversos “produtos” oferecidos, pela nova comunicação de massa, temos e podemos ver claramente não só as diversas classes da sociedade se separando, também podemos ver os diversos grupos se formando de acordo com os diferentes interesses e opiniões de cada indivíduo.
Para as classes dominantes isso é muito importante, pois se torna mais fácil de saber os interesses individuais e dos grupos, e, com isso, poder agir de acordo com aquilo que se quer vender ou controlar. É possível regular o mercado e saber quais grupos podem consumir um novo produto. Quem controla essa nova mídia, controla o mercado.
Mas creio que isso é um grande desafio para a Mídia resolver, pois dessa forma rapidamente ela poderá sucumbir e chagar ao caos. O duelo dos grandes conglomerados em dominar e controlar a grande rede tecnológica poderá causar grandes danos a sociedade. Empresas nascem, outras morrem e a muitas se fundem, tornam-se poderosas. Criam cadeias editorias e mudam completamente formas tradicionais de fazer e trazer as noticias. Outros grupos vão além das fronteiras e invadem territórios. Chamamos de globalização. Globalização da comunicação, ou globalização tecnológica. Esse a meu ver é o grande perigo da atualidade. Como tudo é parte de um conglomerado, a noticia só é noticia se for de interesse dos acionistas dessas organizações, e, desta forma, voltaremos ao passado de ditadura e censura. A imprensa deixa de ser imparcial, ética, neutra e objetiva, fiel aos seus receptores, que acreditam naquilo que é contado. Isso será o fracasso, não das inovações e das novas tecnologias, mas sim dos grandes e ditadores conglomerados. A mídia foi criada para ser mediadora, mostrar a verdade, esclarecer, relatar, e, principalmente, trazer boas novas, que são as boas noticias. Quando usamos ferramentas adequadas na comunicação, podemos oferecer informações de qualidade e cumprir com nosso papel: Prestar um bom serviço de utilidade publica.
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