quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Resenha do texto: O futuro em aberto/A nova mídia

As inovações tecnológicas trazem coisas positivas, mas ao mesmo tempo, coisas perigosas podem acontecer, tornando muitos em escravos, vigiados pelas novas ferramentas de trabalho. Dando lucro para alguns, morte e prejuízos para outros. Infelizmente os dominantes controlam as inovações tecnológicas a as usam para continuarem no poder, dando-nos uma enganosa sensação de estarmos livres de qualquer manipulação.
No passado as inovações surgiam separadamente com um longo espaço entre elas, e não causavam grandes impactos econômicos e sociais, elas eram bem administradas, diferentemente das inovações da atualidade, que surgem e causam grandes impactos em quase todas as áreas que se possa imaginar.
Essas inovações de hoje trazem e colaboram com a integração de diversos modelos de mídias, convergindo tudo em uma só comunicação de massa. Com isso, também faz emergir, como fala o autor, “Conglomerados de Megamídia” sem controle e fiscalização por parte dos governos ou órgãos representativos privados.
Em meio às inovações e o novo mundo tecnológico, são oferecidos pacotes multimídias a todos os lares e todos podem ter a oportunidade de conhecer esse novo mundo eletrônico e digital. Tudo em apenas poucos cliques e pronto, tudo está ali, disponível e pronto para ser consumido. Vivemos na era do consumismo selvagem, em todos os sentidos. Somos estudados e consumidos pela ganância daqueles que controlam essas inovações. Parece que essa nova mídia é individual ou pessoal, apenas perece.
Tudo isso faz parte de uma “nova” comunicação de massa, aquela velha e conhecida de todos os que estudam as teorias da comunicação. Criaram uma rede tecnológica que nos pescou ou nos recolheu a um novo universo, do relacionamento. Com isso surgiu o crescimento das novas tecnologias de relacionamentos, que tem sido importante para a coesão da sociedade, mas também está se segmentando, formando nichos e se desfragmentando ao mesmo tempo. O que era para unir, hoje está afastando ainda mais as pessoas, está dificultando ainda mais os relacionamentos, é o que elas esperavam utilizando essas novas tecnologias. Todos tem acesso a elas, porém, devido aos diversos “produtos” oferecidos, pela nova comunicação de massa, temos e podemos ver claramente não só as diversas classes da sociedade se separando, também podemos ver os diversos grupos se formando de acordo com os diferentes interesses e opiniões de cada indivíduo.
Para as classes dominantes isso é muito importante, pois se torna mais fácil de saber os interesses individuais e dos grupos, e, com isso, poder agir de acordo com aquilo que se quer vender ou controlar. É possível regular o mercado e saber quais grupos podem consumir um novo produto. Quem controla essa nova mídia, controla o mercado.
Mas creio que isso é um grande desafio para a Mídia resolver, pois dessa forma rapidamente ela poderá sucumbir e chagar ao caos. O duelo dos grandes conglomerados em dominar e controlar a grande rede tecnológica poderá causar grandes danos a sociedade. Empresas nascem, outras morrem e a muitas se fundem, tornam-se poderosas. Criam cadeias editorias e mudam completamente formas tradicionais de fazer e trazer as noticias. Outros grupos vão além das fronteiras e invadem territórios. Chamamos de globalização. Globalização da comunicação, ou globalização tecnológica. Esse a meu ver é o grande perigo da atualidade. Como tudo é parte de um conglomerado, a noticia só é noticia se for de interesse dos acionistas dessas organizações, e, desta forma, voltaremos ao passado de ditadura e censura. A imprensa deixa de ser imparcial, ética, neutra e objetiva, fiel aos seus receptores, que acreditam naquilo que é contado. Isso será o fracasso, não das inovações e das novas tecnologias, mas sim dos grandes e ditadores conglomerados. A mídia foi criada para ser mediadora, mostrar a verdade, esclarecer, relatar, e, principalmente, trazer boas novas, que são as boas noticias. Quando usamos ferramentas adequadas na comunicação, podemos oferecer informações de qualidade e cumprir com nosso papel: Prestar um bom serviço de utilidade publica.

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